quarta-feira, 11 de maio de 2011

Gírias: ontem e hoje

Post divertidinho para descontrair.

Lembrou-me uma comunidade do falecido orkut –  a “comu”

se chamava “gírias idosas”, alguém também se lembra?

Espero que gostem. Bom dia, leitores!

As mudanças dos anos 70/80 para os dias de hoje:

Antes era...
Agora é...

Creme Rinse
Condicionador

Obrigado
Valeu

É complicado
É foda

Collant
Body

Rouge
Blush

Ancião e Coroa
Véi

Bailinho e Discoteca
Balada

Japona
Jaqueta

Nos bastidores
Making off

Cafona
Brega

Programa de entrevistas
Talk-show

Reclame
Propaganda

Calça cocota
Calça cintura baixa

Flertar, paquerar
Dar mole

Oi, olá, como vai?
E aê?

Cópia, imitação
Genérico

Curtir, zoar
Causar

Mamãe, posso ir?
Véiaaaa, fui!!!

Legal, bacana
Manero, irado

Mulher de vida fácil
Garota de Programa

Legal o negócio
Xapado o bagúio

Pasta de dente
Creme dental

Cansaço
Estresse

Desculpe
Foi mal

Oi, tudo bem?
E aê, belê?

Ficou chateada
Ficou bolada

Médico de senhoras
Ginéco

Superlegal
Irado

Primário e Ginásio
Ensino Fundamental

Preste atenção!
Se liga!

Por favor
Quebra essa

Recreio
Intervalo

Radinho de pilhas
Ipod

Manequim
Modelo e Atriz

Retrato
Foto

Jardineira
Macacão

Mentira
Caô

Saquei
Tô ligado

Entendeu?
Copiou?

Gafe
Mico

Fofoca, ti-ti-ti
Babado

Ha ha ha
hauhauhauhau

Fotocópia
Xerox

Brilho labial
Gloss

Bola ao cesto
Basquete

Folhinha
Calendário

Empregada doméstica
Secretária

Faxineira
Diarista

Vou verificar
Vou estar verificando

Madureza
Supletivo

Vidro fumê
Insulfilm

Posso te ligar?
Posso te add?

Tingir uma roupa
Customizar

Dar no pé, ir embora
Vazar

Embrulho
Pacote

Lycra
Stretch

Tristeza
Deprê

Beque
Zagueiro

Rádio patrulha
Viatura

Atlético
Sarado

Peituda
Siliconada

Professor de ginástica
Personal

Quadro negro
Board

Babosa
Aloe vera

Lepra
Hanseníase

Ave Maria!
Affff!

Caramba
Caraca

Namoro
Pegação

Laquê
Spray

De montão
Pracarai!

Derrame
AVC

Chapa dos pulmões
Raio-X

Sua bênção, papai
"Qualé", coroa?

Você tem certeza?
Ah! Fala sério!

Banha
Gordura localizada

Alisamento
Chapinha

Buteco no fim do expediente
Happy hour

Costureira
Estilista

Negro
Afro-descendente

Professora
Tia, Profe

Senhor
Tiozinho

Bunduda
Popozuda!

Amooooor!
Benhêêêêê!

Desculpe, mas esta questão que você me submeteu é impossível de cumprir!
Nem fudendo!

Olha o barulho!
Ó o auê aí ô!

quinta-feira, 5 de maio de 2011

5 de maio, dia da Língua Portuguesa

f_maio2010_Novos_Programas_Portugues

Queridos leitores, hoje é dia da Língua Portuguesa! Vocês sabiam?

Que tal testar seus conhecimentos sobre a nossa língua materna e ainda, de quebra, se divertir um pouco?

A revista Educar para Crescer disponibilizou online alguns testes sobre regras básicas do português, como ortografia de palavras com RR ou SS e uso adequado do hífen, entre outros.

A reforma ortográfica faz 2 anos, mas será que todos os brasileiros já se adaptaram?

Os joguinhos ainda são uma boa pedida para os pequenos – além de ser uma forma muito legal de usar a internet de maneira responsável e educativa!

Mãos à obra e viva a língua!

_________________________

Os jogos:

Jogo das palavras

Jogo do hífen

Jogo da acentuação

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Leitura para as crianças famintas: reencantamento do presente, fé no que virá

Sempre fui de contar histórias. E de recontá-las depois, porque bem-aventurados são, de fato, os que sabem ouvir. Por isso, andei ouvindo com coração e estômago todas as histórias que me chegam sobre Nova Friburgo, minha casa amada, onde tive minha formação leitora aguçada pelas Doroteias da Monsenhor Miranda.

Histórias duras de ouvir, por certo; no entanto, é preciso cantar pra alegrar a cidade: recontar a margem de seus rios, suas cheias, seus entornos, seus enleios. A geografia poética de uma terra de gente boa de trabalho, de pensamento, de alma – coisas de quem descende de peregrinos e sabe que é preciso reinventar sempre o caminho, e a passos rápidos pra dar mais alento.

Várias histórias apontam para os meus ouvidos, por vezes débeis, sem vontade de acreditarem no que escutam. O Dr. João Madeira me fala de um silencio oco que impera pelos bairros, traduzindo o inexorável da catástrofe. Ele acha que os friburguenses ainda não estão chorando seus mortos como deveriam... A Prof.a Lucia Ramineli me fala de uma legião de voluntários que formigam pelas escolas, igrejas, anonimamente compartindo a dor dos que não conseguem sequer chorar suas desventuras. A Amanda Heiderich me fala que ficou sem ver a filha por três dias, com os avós isolada em lugar “seguro”, mas que perdeu colegas e alunos – ainda tenta localizar alguns deles, duas semanas depois. Tantas histórias, águas, águas.

Mas a história mais impressionante que me chega de Nova Friburgo é contada por Jane Ayrão, do Colégio Anchieta. Hoje, ela saiu para sua ação habitual de voluntariado, acompanhada de Álvaro Ottoni, escritor e contador de histórias. Foram juntos ao Alto do Floresta, visitar a única edificação que ficou de pé – a escola municipal local. Pois o resto “desceu”: casas, morros, vidas. Com a determinação de educadores que são, Jane e Álvaro levaram água, roupas, remédios, fraldas e LIVROS. Não imaginavam que este último item da cesta básica mataria a fome daquelas crianças de forma tão pujante.

Em meio a caixas e sacolas de mantimentos, colchonetes e cobertores, além de sacos funerários com corpos dentro (sim, a escola é o ÚNICO local para guardar gente, pão e mortos), hordas de crianças silenciosas ficaram barulhentas quando o “Tio” Álvaro começou a ler e a contar outras histórias. E o cardápio ficou mais variado: nesta manhã, as crianças tomaram suco com Monteiro Lobato, comeram pudim de leite com A bruxinha que era boa e se deliciaram com o prato principal: poesia, poesia. A palavra encantada que pode alimentar uma infância estupidamente afetada pela tragédia.

Jane me conta tudo isso com a voz embargada, ao telefone. Diz que não presenciou momento mais lindo em todos esses dias. Crianças pegando os livrinhos, querendo mexer neles, chamando-os a si como os amigos que lhes faltam – porque os pais se ausentaram, o Estado se ausentou, e a imagem de sacos pretos espalhados pelos cantos precisa metaforizar o recomeço de outra história para Nova Friburgo e seus pequeninos.

Então, ouvidos aguçados, eu senti a bem-aventurança: ora, sou professora de literatura, filha da região serrana e absolutamente convicta do poder de reencantar que a palavra tem! Jane e Álvaro me desafiaram com o tamanho de sua generosidade. Eu não sei cozinhar, não sei plantar alfaces nem rosas, não sei fazer curativos, podia até comprar uma galocha e sair corajosamente pelas ruas de Friburgo, como fazem a Jane e tantos deliciosos poetas do amanhã que habitam aquelas plagas, mas eu agora sei como estar presente. Semeando livros à mancheia, reencantando o agora, tendo fé no que virá.

Mas, para isso, conto com a ajuda de vocês, colegas professores, alunos e ex-alunos, amigos de longa e de curta data, amantes da literatura, leitores destas linhas que, enviesadamente, lerão também os olhos e ouvidos famintos das crianças de Nova Friburgo. Recolho, a partir de já, doações particulares de gibis, livros infantis e juvenis e congêneres, para enviar à Jane Ayrão e sua equipe (o Colégio Anchieta, lá em Friburgo, centralizará essas doações para fazer chegar os livros às comunidades desabrigadas). Valem também livrinhos de plástico e de pano ou aqueles que a gente recebe das editoras para avaliar e adotar, no início do ano letivo... Minha casa e meu escaninho na Faculdade de Educação estão à disposição de vocês. Quem souber de algum contato interessante em órgãos públicos e privados ligados à difusão da leitura, por favor, diga “presente”! Basta me mandar um e-mail que eu faço o contato “oficial”.

Até a pequenina aqui de casa, senhorita Aymée, do alto de seus quase 10 meses e extrema intimidade com os livrinhos, vai mandar para um/a amiguinho/a da serra um livro com um monte de espelhinhos dentro, para que ele/a possa se admirar e ver que a sua história de vida apenas começou ... E, quem sabe, mais pra frente, quando minha filha estiver a tagarelar em bom português, ela consiga contar aquela historinha maneira, que começa assim: “Era uma vez uma linda cidade chamada Nova Friburgo, que tinha uma pracinha cheia de árvores e banquinhos, vovós e crianças, pássaros e...”.

Anabelle Loivos Considera Conde Sangenis

Professora adjunta da Faculdade de Educação da UFRJ, friburguense por adoção.

Niterói, 26 de janeiro de 2011.

***

Quem também quiser (e puder) ajudar a matar a fome de leitura das crianças de Nova Friburgo, é só se manisfestar nos comentários, deixando um e-mail e telefone para contato. Nós encaminharemos todas as mensagens para o endereço eletrônico da Anabelle. Para quem mora na cidade do Rio, ou nas proximidades, pode fazer as doações na própria Faculdade de Educação da UFRJ, aos cuidados da professora Anabelle. Cada  ajuda será muito bem-vinda!  Contamos com vocês. O Viva a Língua e as crianças friburguenses agradecem.

Serviço:

Universidade Federal do Rio de Janeiro

Faculdade de Educação

Avenida Pasteur 250 fundos 2º andar - CEP: 22.290-240 - Campus da Praia Vermelha – Rio de Janeiro.

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

POESIA E PROSA: HOJE, AGORA

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I ENCONTRO DO FÓRUM DE LITERATURA BRASILEIRA CONTEMPORÂNEA POESIA E PROSA: HOJE, AGORA

FACULDADE DE LETRAS – UFRJ 21 e 22 de setembro de 2010 – das 9h às 16h

Informações e inscrições (até dia 17/09): Setor de Literatura Brasileira – Departamento de Letras Vernáculas Site: http://www.forumdeliteratura.com

E-mail: contemporanea.ufrj@gmail.com

sábado, 19 de junho de 2010

José Saramago

jose-saramago

Ontem, 18 de junho de 2010, morreu o escritor português José Saramago. Havia tomado o café com  a esposa minutos antes, e os dois estavam conversando, em casa. Um momento como tantos outros, trivial, familiar, corriqueiro. Mas 18 de junho não foi um dia como todos os outros. Não o foi para Pilar, a esposa, e não o foi para a Literatura.

Imagino a palavra cortada, o sobressalto  da mulher, o suspiro. De repente, a morte. O mundo perdeu um grande homem. A língua portuguesa, um mestre!

Como disse António García Barreto, "agora há unanimidade quanto a José Saramago. Toda a gente diz que ele morreu. E é verdade." 

Mas, enquanto viveu, Saramago despertou  antipatia por suas declarações polêmicas e  sua escrita ácida, cortante, dirigida muitas vezes às religiões, sobretudo às grandes instituições religiosas – em particular, a Igreja Católica.

jose-saramago2

É que ele celebrava a vida, e no mundo há muita gente que deprecia a vida, que se apraz em fazer da existência uma experiência ruim, para si e para os outros, “em nome  da fé.”

Saramago sempre foi o contrário disso. Ateu, talvez se pudesse dizer que sua fé era na própria vida e nos homens. Comunista,  republicano também, defensor extremado da democracia, criticava ferozmente a globalização, em que as decisões políticas são tomadas na esfera das “grandes relações financeiras internacionais”.

Homem das letras, Saramago era dono de um estilo singular de escrita, com períodos longuíssimos de quase uma página e sem usar o travessão marcando a fala direta dos personagens. Quanto ao Acordo Ortográfico, criticava a demora de seu país em adotar oficialmente o que no papel e em outros países-irmãos já era uma realidade, e reconhecia que revolução linguística autêntica fora a Reforma de 1911.

Mecânico de automóveis na juventude, o homem que chegou a Nobel de Literatura em 1998 nunca aprenderia a dirigir. Ficou traumatizado por, certa vez, cometer um erro  tolo, porém inaceitável na sua condição de entendedor.  Um dia escreveu, sobre ser escritor: “É um ofício em que somos ao mesmo tempo motor, água, volante, mudanças de velocidade e tubo de escape. Talvez, afinal, o trauma tenha valido a pena”.

Tenha a certeza de que sim, Saramago.

SPAIN-ZAPATERO-SARAMAGO

Consulta: terra.com.br; uol.com.br; angoladigital.net; caderno.josesaramago.org

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Um mineirinho safado

E não é que eu fui passada pra trás por um mineirinho muito do safado, que me vendeu glucose de milho como mel?

O danado jogou uma conversa de que o movimento tinha sido fraco naquele dia e que tinha que voltar pra Barbacena (ou seria Uberaba?) levando um pouco mais de dinheiro pra família. Que estava ali, horas e horas a fio, debaixo do sol, sem vender quase nada.

Adicione uma cara de pobre coitado a um sotaque “mineirim” bão dimais que o resultado será 1 litro de glucose de milho encalhado no armário de uma mulher furiosa!

E eu achando que tinha feito um ótimo negócio, afinal, na barganha ele me fez 10 reais de desconto! E olha que, pelo que era, ainda paguei Karo!

Mas tudo bem, não é por isso que eu vou deixar de gostar do povo mineiro, e do seu sotaque delicioso, que tantas vezes já homenageamos aqui.

Quanto ao mineirim sem vergonha, nunca mais vi. Acho que foi vender seu mel batizado em outra freguesia… Por via das dúvidas, quando for comprar mel caseiro de novo, lembrarei de pedir uma provinha antes, só pra ter certeza!

domingo, 15 de novembro de 2009

Receita mineira


Mais um post com o delicioso português dos mineiros...

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Créditos: www.fotocomedia.com

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Resumo e Resenha: como fazer

Embora eu tenha feito 5 anos de faculdade pra me formar Psicóloga, só agora, na Pós, é  que eu fui aprender o passo-a-passo das resenhas e resumos (não me perguntem como eu me virei durante a graduação). Brincadeiras à parte, o fato é que muitos de nós já têm uma noção do que seja, e é com  essa noção que a gente vai levando – e poucos são os que reclamam (imagino que muitos dos nossos professores também estejam nesse domínio da vaga noção: ok, péssimo panorama! Mas é o que eu imagino.) Bom, então chega de enrolação e  vamos ao que interessa. Espero que o ‘como fazer’ que eu vou compartilhar com  vocês tenha alguma serventia. Bom proveito!

RESUMO

O objetivo de um resumo é fazer um texto ocupar menos espaço, mantendo as ideias principais (ou centrais). Existem três tipos:

1) resumo acadêmico – objetivo, direto, ideias centrais;

2) extensivo – não se pode suprimir nada; só mudam as palavras;

3) seletivo/estético – ideias importantes, centrais.

O resumo possui algumas etapas que devem ser consideradas:

a) conhecimento das condições do resumo

- espaço ocupado (quantas laudas)

- finalidade pretendida

- leitura atenta do texto a ser resumido – essencial que se tenha um bom conhecimento e entendimento da obra. Sem isso, será muito difícil produzir um resumo fiel ao conteúdo original

b) processo – estruturação de ideias: como as ideias estão estruturadas no texto? Por blocos de sentido (ou conteúdo) ou por parágrafos?

Por blocos de sentido: o autor não desenvolve cada ideia em um parágrafo, mas faz muitas digressões, voltando a assunto anteriormente tratado, retomando a ideias já combatidas, etc. Os textos freudianos seguem essa estruturação.

- A melhor maneira de resumir textos que têm esta estruturação é por unidade de sentido, concentrando o sentido no parágrafo. Exemplo: num texto em que duas teses antagônicas são apresentadas pelo autor na forma de blocos de sentido, o resenhista irá reunir todas ideias referentes à tese A num parágrafo e todas as que se referirem à tese B em outro parágrafo.

Como se identificam as unidades de sentido: através da identificação dos conectores:

-mas/porém: indicam oposição entre ideias;

- embora: indica concessão;

- na verdade/assim: demonstração.

Por parágrafos: as ideias são desenvolvidas parágrafo a parágrafo. Sem dúvida, é mais fácil resumir este tipo de texto, pois a sequência lógica das ideias permite fazer um resumo por parágrafos, seguindo a ordem dos parágrafos do texto.

c) Estratégias:

- o resumo não apresenta introdução: vai direto ao assunto;

- segue-se a ordem do texto, assim se evita a falta de coesão no encadeamento das ideias;

- não se mencionam elementos estranhos ao texto analisado, como exemplos e ideias que o autor não expressou;

- redige-se o resumo como se o próprio autor o fizesse: não usar expressões como “o autor afirma”, “ segundo o autor”;

- o resumo não contém conclusões a que o autor não chegou.

 

RESENHA

A resenha que será abordada aqui é a resenha acadêmica, mas nada impede que possa ser usada em diferentes contextos. Tudo vai do bom-senso. Pois bem.

A resenha é a apresentação do conteúdo de uma obra, acompanhada de uma avaliação crítica. Existem dois tipos de resenha acadêmica:

a) resenha crítica – geralmente a mais pedida pelos professores;

b) resenha temática.

Resenha crítica:

Podemos dizer que a resenha crítica é constituída por seis passos:

1) identificação da obra – título, autor, ano de publicação, referências sobre o autor (sua formação, áreas de interesse,etc.);

2) apresentação breve da obra – tema abordado pelo livro ou texto que se está resenhando;

3) resumo – nesta parte, apresenta-se ao leitor a descrição do conteúdo da obra na forma de um resumo com as suas  ideias centrais. Importante salientar que no resumo (como vimos) não se usam expressões como “segundo o autor…”. O resumo deve ser escrito como se o próprio autor do texto o estivesse fazendo, só que se enfatizam apenas as ideias centrais, de forma concisa (de 3 a 5 parágrafos);

4)  Análise crítica – aqui é a vez de o resenhista analisar criticamente a obra em questão. Para isso, ele pode (e deve) se apoiar em outras obras que versam sobre o mesmo tema, construindo, assim, o seu posicionamento acerca da atualidade e originalidade da obra, das escolas de pensamento às quais se vincula, qual a relevância do tema, o que traz de novo, qual o panorama cultural, social, econômico e político em que ela foi escrita, entre outros aspectos que podem ser analisados;

5) Recomendação da obra – na verdade, a recomendação não é uma regra. Se você não concorda com as ideias desenvolvidas pelo autor, não precisa recomendar só pra cumprir o protocolo;

6) Assinatura e identificação do resenhista – é importante que o leitor saiba quem é você para estar falando de determinado assunto, então não esqueça de mencionar sua formação, áreas de interesse e alguns detalhes que julgar pertinentes sobre você mesmo.

Resenha temática:

Este tipo de resenha é usado quando se quer escrever sobre um tema comum a vários textos. Aqui, temos cinco passos:

1) apresentação do tema comum  - exemplo: atuação do psicólogo em varas de família. Esse tema é abordado pelos 3 textos que serão analisados. Temos o tema comum);

2) resumo dos textos – lembrando que no resumo NÃO cabem expressões como “o autor pensa”, “segundo o autor”. É como se você fosse o autor do texto e tivesse que enxugá-lo até as partes mais essenciais (ideias centrais);

3) conclusão: é o momento da análise crítica. O resenhista irá expor o seu posicionamento acerca do assunto. Para isso, ele se utilizará de outras fontes bibliográficas e construirá com base nelas uma argumentação coerente e plausível sobre o tema. Pontos importantes a serem considerados nesta análise: a relevância do tema, os pontos altos, o atualidade do tema, as contribuições de outros pensadores acerca da questão.

4) apresentação das fontes – referências bibliográficas utilizadas.

5) assinatura e identificação do  resenhista – como na resenha crítica.

 

Meus agradecimentos à professora Gabriella, por me dar essas preciosas informações que hoje compartilho com vocês.

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Vida e obra de Euclides da Cunha no “De Lá Pra Cá” da TV Brasil

O programa desta segunda-feira será dedicado a Euclides da Cunha, um dos maiores escritores da língua portuguesa. Para conversar sobre o autor de "Os Sertões", o "De Lá Pra Cá" convidou especialistas e escritores de renome nacional. Leitura obrigatória para quem deseja conhecer a história do Brasil, a obra-prima de Euclides trata da barbárie do massacre de Canudos (BA), objeto de inúmeros estudos acadêmicos.

Para entrevistar personalidades literárias, o programa viajou até à Festa Literária Internacional de Paraty que reúne, anualmente, intelectuais e escritores. A equipe da TV Brasil visitou também Canudos para buscar novidades sobre o desfecho sangrento do massacre. Ao escolher Euclides da Cunha como tema desta segunda-feira, o "De Lá Prá Cá" soma-se a outras tantas homenagens que estão acontecendo Brasil afora por conta do centenário de sua morte.

Da cidade histórica de Paraty, o escritor amazonense Milton Hatoum vai falar sobre a viagem de Euclides à sua terra natal. O coordenador da mesa na FLIP O Mar e Os Sertões - Euclides da Cunha, 360 graus, o jornalista Daniel Piza, refez o caminho percorrido pelo escritor na expedição à região do alto Purús, na Amazônia.

O professor Francisco Foot, da Unicamp, abordará as qualidades literárias do autor de Os Sertões. Já a especialista na obra euclidiana e professora da USP, Walnice Galvão, vai fazer uma análise de Os Sertões e  situa  Euclides e sua obra no Brasil do início da República.

De Cantagalo, onde nasceu o escritor, a doutora em literatura Anabelle Loivos fará comentários sobre a biografia do escritor.

O De Lá Pra Cá é apresentado por Ancelmo Gois e Vera Barroso e vai ao ar na segunda-feira (13), às 22h, na TV Brasil.

sábado, 9 de maio de 2009

DICIONÁRIO MINEIRÊS-PORTUGUÊS


Procêis qui móra nuistadimínas e procêis qui vencá asvêiz:
Ói qui bão sô… procês intendê mió o minêro, uai!


PRESTENÇÃO - é quâno eu tô falano iocê num tá ovíno.
CADIQUÊ ? - assim, tentânu intendê o motivo.
CADÍM - é quãno eu núm quero muito… só um poquím.
RETRATO - foto.
DEU - omez qui ‘di mim’. Ex.: Larga deu, sô!!
SÔ - fim de quarqué frase. Qué exêmpro tamêm? : Cuidadaí, sô!!!
DÓ - omez qui ‘pena’, ‘cumpaxão’ : ‘ai qui dó, gentch…!!’
NIMIM - omez qui ni eu. Exempro: Nòoo, ce vivi garrado nimim, trem!… Larga deu, sô!!…
NÓOO - Num tem nada a vê cum laço pertado, não! omez qui ‘nossa!’ Vem de Nòoosinhora!…
PELEJÂNU- omez qui tentânu: Tô pelejânu quesse diacho né di hoje, qui nó! (agora é nó mez!)
MINERÍM - Nativo duistadiminnss.
UAI - Uai é uai, sô… uai!
ÉMÊZZZ ?! - minerim querêno cunfirmá.
NÉMÊZZZ ?! - minerim querêno sabê si ocê concorda.
ÓIAQUÍ - Minerim tentâno chamá atenção pralguma coizz…
PÃO DI QUÊJU - Iosscêis sabe!… Cumída fundamentar qui disputacomo tutú a preferêca dus minêro
TUTÚ - Mistura de farinha di mandioca (ô di mio) cum fejão massadim. Baum dimais da conta, gentch!!
TREM - Qué dize quarqué coizz qui um minerim quizé! Ex “Já laveius trem!” , Qui trem bão!!
NNN - Gerúndio du minerêis. Ex: ‘Eles tão brincãnnn’, ‘Ce tá ínnn, eu tô vinnn…’
BELZONTCH - Capitár duistado.
PÓ PÔ - umez qui pó colocá.
POQUIM - só um poquim, prá num gastá muito.
JISGIFORA - Cidadi pertín du Ridijanero. Cunfúnde a cabêss do minerim qui si acha qui é carioca.
DEUSDE - desde. Ex: ‘Eu sô magrelín deusde rapazín!’
ISPÍA - nome da popular revista ‘VEJA’.
ARREDA - verbu na form imperativ (danu órdi), paricído cum sái. ‘Arredaí, sô!’
ÍM - diminutivo. Ex: lugarzím, piquininím, vistidím, etc.
DÊNDAPÍA - Dentro da pia.
TRÁDAPÓRTA - Atrás da porta.
BADACÂMA - Debaixo da cama.
PINCOMÉ - Pinga com mel.
ISCODIDÊNTCH - Escova de dente.
PONDIÔNS - Ponto de ônibus.
SAPASSADO - Sábado passado.
VIDIPERFUME - Vídru de perfume.
OIPROCÊVÊ (ou OPCV) - óia procê vê.
TIISSDAÍ - Tira iss daí.
CAZOPÔ - Caxa disopô.
ISTURDIA - Ôtru dia.
PROINÓSTÁÍNU? - pronde nós tâmo ínu?
CÊSSÁ SÊSSE ONS PASNASSAVAS? - ocê sabe se esse ônibs passa na Savassi?
REMÉDA - imita arguêm.
ONCOTÔ - onde que eu tô
PRONCOVÔ - pra onde que eu vô
PRONQUECÊ VAI? ou ONQUECÊ VAI? - pra onde que ocê vai?
CÊ TÁ INO PRA ONDI? - pra qual lugar ocê vai?
VAICATÁCOQUIM - é igual a saipralá sô!





Minidicionário de mineirês



Lidileite (litro de leite)
Mastumate (massa de tomate)
Dendapia (dentro da pia)
Kidicarne (quilo de carne)
Tradaporta (atrás da porta)
Badacama (debaixo da cama)
Pincumel (pinga com mel)
Iscodidente (escova de dente)
Nossinhora (nossa senhora)
Pondiôns (ponto de ônibus)
Denduforno (dentro do forno)
Sapassado (sábado passado)
Videperfum (vidro de perfume)
Oiprocevê (olha para você ver)
Tissodaí (tira isso daí)
Onquié ? (onde que é ?)
Pópôpó (pode por o pó)



Fonte: internet.
Imagem: roberto.guglielmo (Flickr).